Entre as atividades do lançamento, estão programadas apresentações culturais de música, exposição de pipas exóticas, além da distribuição dos folhetos da campanha.
Na ocasião, haverá uma exposição com fotos de pessoas que sofreram acidentes causados pelo cerol nas linhas de pipas. A organização da campanha, em parceria com a Secretaria de Educação, estuda levar as imagens dos acidentados para escolas municipais e estaduais de Santo André. O calçadão Coronel Oliveira Lima também receberá as exposições de fotos e de pipas exóticas.
A campanha será itinerante e participará do calendário de eventos da cidade por meio do Parque do Mês.
Lei do Cerol
Em vigor no estado de São Paulo desde 2006, a Lei nº 12.192 proíbe o uso de cerol ou de qualquer produto semelhante, aplicado nas linhas de pipas. A lei prevê a multa de cinco UFESPs (Unidade Fiscal do Estado de São Paulo), atualmente o equivalente a R$ 92,20, para os infratores. No caso de o infrator ser menor de idade, a responsabilidade recai sobre os pais.
Quem utiliza a mistura cortante nas linhas de pipas se enquadra ainda no artigo 132 do Código Penal, por colocar a vida de outros em risco. A pena é de três meses a um ano de detenção, se o fato não constituir um crime mais grave. No caso de ferimentos fatais, o crime passa a ser considerado homicídio (artigo 121 do Código Penal), que prevê a pena de reclusão de seis a 20 anos.
Segundo a fundação Brazilian Kite Club, 10 pessoas morrem por ano no Brasil vítimas de ferimentos causados pela linha com cerol. De acordo com pesquisa da ABRAM (Associação Brasileira de Motociclistas), no país o cerol é a causa de mais de 100 acidentes por ano, sendo que 50% resultam em ferimentos graves, e 25% fatais.
